segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O DOM DE SER PAI

(Reprodução)
Não há tempo e nem forma definida para ser pai... Só o dia a dia com as suas circunstâncias tidas e sentidas farão as diferenças no trato das habilidades quanto a superação, a garantia do desembaraço e a mansidão da vida na convivência com os filhos. 

Missão nobre revestida de alguns percalços que, por sua natureza,lhe são proporcionados... A habilidade de enfrentá-los e de torná-los suaves no desprender dessa passagem sublimar vai depender de cada um...

A estação do tempo não muda em nada o sentimento de pai para com o(s) filho(s), apenas amolda aos costumes regrados pela sociedade a qual pertence, principalmente no comando e no enfrentamento da evolução dos recursos tecnológicos, hoje oferecidos de forma sem controle e desproporcional, os quais necessitam de um maior cuidado ou zelo, quanto ao distanciamento da prole nas relações familiares...

Não se deve deixar ser dominado pelo ilusionismo ou pelo compromisso de satisfazer ao mando de uma sociedade consumista, desprezando os melhores bens patrimoniais, quais sejam, a companhia de um pai; as trocas de conversas triviais e a exposição dos projetos de vida de cada um.

Um dia você é filho, outro dia você é pai...

Assim, essas alternâncias de papéis, revestidos de responsabilidade e de agraciamento, se dão de forma espontânea, devendo ser contida e refletida, sem atropelos ou desmantelos, a fim de proporcionar um bem-estar em uma nova célula familiar que por ventura venha a se originar...

Por conta de uma possível fragilidade familiar, quando as relações entre pai e filho se deterioram pela ganância do ter, do desprezo e do desamor, grandes possibilidades do surgimentode problemas de ordens psicológicas e materiais chegarão ao extremo recurso de medidas drásticas, findando na colocação de seu ente em um lar postiço, longe do afago, da compreensão, da atenção e do amor filial.

Assim, maravilhoso é o dom de ser pai, quando os braços e o carinho do(s) filho(s) se aconchegam em êxtase profundo agradecendoà recepção emotiva e prazerosa do amor puro e verdadeiro,vindo sem preço, sem começo e sem fim, fortalecendo, de logo, os laços afetivos, até alcançar a infinitude da vida...



João Pessoa, 19 de julho de 2017 – 08h08min.
José Ventura Filho

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