CENTRO CULTURAL DO BANCO DO NORDESTE. AS SUAS PORTAS DEVEM PERMANECER ABERTAS PARA O PÚBLICO. A LUTA CONTINUA.

Eilzo Nogueira Matos

É preciso manter em funcionamento o Centro Cultural do Banco do Nordeste. Trata-se do instrumento de verdadeira "inclusão" social, reconhecimento dos direitos decorrentes da cidadania. Os adolescentes, a juventude de Sousa não prescidem mais desse serviço público, não discriminatoriamente familiar como fazem outros, embora com mérito dos homenageados. Questão de orgulho, vaidade somente. O CCBN não inviabiliza outras ações em favor da cultura, pelo contrário as estimula abrindo a mente de todos. Pena que Ariano Suassuna tenha ficado "em cima do muro" quando lhe cobraram solidariedade ao movimento. Mas prosseguiremos com os meios de que dispomos. Continuo admirador de sua obra literária, esperando que ele se explique aos seus conterrâneos sousenses, embora considere injustificável a sua posição. Não deve esta instituição pública, bancária, abdicar da oportunidade em que mostra uma opção humanística na aplicação dos seus lucros. Como acentuou Rainer Maria Rilke todos têm a morte própria, mas o cerimonial do enterro é preparado durante a vida.