Em 2011, o STF já havia reconhecido a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Mas o CNJ deu um passo além e oficializou o casamento homossexual, o que gerou críticas de que o conselho estaria legislando no lugar do parlamento. O relator do mandado de segurança é o ministro Luiz Fux.
O PSC alega que o CNJ exacerbou suas atribuições ao tratar de um tema que, por natureza, é da alçada do Congresso Nacional. O pedido assinado pelos representantes do partido afirma que a decisão do conselho é inválida: "O inteiro teor da resolução não pode ter validade sem ser objeto do devido processo legislativo, como prevê a Constituição Federal de 1988".
Reinaldo Azevedo: Decisão do CNJ sobre casamento gay é escandalosamente inconstitucional
A manifestação do PSC tem um pedido de liminar para que a decisão do CNJ seja suspensa de forma imediata, independentemente da análise do mérito do mandado de segurança. "Nosso entendimento é de que a decisão do CNJ foi desastrosa, inconveniente e inconstitucional", diz Everaldo Pereira, vice-presidente nacional do PSC.
O partido ganhou visibilidade nacional desde que o deputado Marco Feliciano (SP) assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e passou a ser alvo de protestos de movimentos ligados à causa dos homossexuais, que querem que ele deixe o cargo.
Resolução – A resolução do CNJ foi proposta pelo presidente do colegiado (e do STF), Joaquim Barbosa, e foi aprovada na terça-feira passada por 14 votos a 1. A medida entrou em vigor na quinta-feira.
O texto diz que "é vedada às autoridades competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo". E acrescenta que, se houver recusa dos cartórios, será comunicado o juiz corregedor para "providências cabíveis".
Fonte: Revista Veja
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