O professor e advogado João de Deus Quirino morreu
no início da tarde desta segunda, 17, no Hospital Samaritano, em João
Pessoa/PB, em decorrência de complicações causadas por insuficiência renal e de
sequelas de uma série de AVCs sofridos ao longo dos últimos meses.
João de Deus nasceu em 8 de março de 1940, na
Fazenda Boa Esperança, próximo ao Distrito de Melancias, atual município de São
João do Rio do Peixe/PB. Filho de José Pedro Quirino e de Maria Félix da Costa,
migrou para Cajazeiras junto com os pais e irmãos, quando deu prosseguimento
aos estudos, ficando em regime de internato no Ginásio Salesiano Padre Rolim.
Passada essa etapa, João de Deus ingressou como Irmão Leigo na Congregação do
Sagrado Coração de Jesus, em Fortaleza/CE, em seguida estudou em Água Preta/PE,
além de Palmeira dos Índios/AL.
Em Recife, ingressou na Faculdade Católica de
Pernambuco no início da década de 1970 e ali concluiu seu curso superior. Nesse
meio tempo, foi professor e participou do famoso Coral do Carmo, com várias
apresentações nacionais e internacionais. Retornou a Cajazeiras em 1976 e
instalou-se como advogado. Foi Defensor Público por longos anos, atuando em toda
a região sertaneja. Foi professor e vice-diretor da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Cajazeiras (Fafic) e, posteriormente, lecionou na
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), quando se dedicou de corpo e alma a uma
das suas paixões: o Coral São João de Deus.
Além do Direito, do magistério e da música, João de
Deus cultivava a paixão pelo futebol. Era torcedor do Santa Cruz de Recife.
Durante anos, foi o torcedor-símbolo do Atlético de Cajazeiras, quando esse
dava seus primeiros dribles nos gramados profissionais da Paraíba. A charanga
comandada por ele animava as tardes de domingo nas arquibancadas do Estádio
Perpetão.
Uma de suas características marcantes era, sem
dúvida, servir. E também fazer amigos. Por meio do Lions Clube de Cajazeiras, João
de Deus encontrou o meio perfeito de prestar a solidariedade e amor ao próximo,
quando ocupou todas as funções naquele clube de serviço e exerceu a presidência
por vários mandatos.
Era católico fervoroso, devoto de São João de Deus.
Participava ativamente da vida religiosa da sua Paróquia da Sagrada Família,
sendo um dos seus fundadores. Conduzia semanalmente, aos domingos, os ritos da
Santa Missa da Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima. Não perdia a
celebração de Santo Antonio no Distrito de Melancias, ao lado dos seus
familiares. Foi fundador dos Tropeiros do Sertão, grupo que preserva as raízes
sertanejas.
Mas toda essa rica biografia de servir ao próximo
não ficaria completa sem a sua amada família. Ainda em Recife, João de Deus
enamorou-se da bela morena Eliane Cristina e casaram-se em 1976. Dessa união,
nasceram João de Deus Filho, Emmanuella, Pollyanna e Guilherme, que são pais de
João Sávio, João Arthur, Marília, Mariana, Maria Elisa, Heloísa, Pedro e Maria
Luísa, que também são frutos de Talita di Paula, Cavalcanti Filho, Humberto
Júnior e Cristiane, respectivamente.
João de Deus Quirino vem de uma família numerosa,
tanto do lado paterno quanto do lado materno, e que está espalhada pelos
sertões do Rio do Peixe. São seus irmãos: Dorge, Adonias, Quirino, Pedrinho,
Aluísio e Netinha, além dos já falecidos Francisquinha e Alonso. Deixa vinte e
seis sobrinhos, além de cunhadas, primos, demais familiares e uma verdadeira
legião de amigos e admiradores.
O velório será na Igreja da Sagrada Família, no
Jardim Oásis, e o sepultamento no jazigo da família, no Cemitério Nossa Senhora
Aparecida, em Cajazeiras/PB, no final da tarde da terça-feira, 18 de junho.
Farol
Comunicação
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