Quando as pessoas sozinhas ou até mesmo
acompanhadas no meio da multidão, envolvidas pelo manto frio dos pensamentos
fúteis, sentindo os perigos, os medos e as angústias torrentes; confundidas pelas
suas dúvidas e tristezas, totalmente desalinhadas e perdidas no fundo da escuridão;
logo vem à mente o encontro de uma sensação vazia e solitária, prisioneira do
seu próprio mundo e do seu ser, carregado pelo grande fardo da falta de convicção
e determinação.
Assim, esses desesperos são consequências do
tempero da insegurança, da incompreensão e do esquecimento daqueles sentimentos
tão propagados pelo Nosso Criador: o real construtor, transformador e
impulsionador do barco responsável pela suave travessia no mar das nossas vidas.
Aquilo que nos sufoca também provoca reação para
novamente sorrirmos...
De repente, é necessário fazer acontecer o grito da
libertação dessa vida miudinha, cheinha dos desejos materiais e dos sonhos
banais, que somente nos faz mal... Devemos acordar conscientes desse universo perverso e inverso, cheio de defeitos,
que nos embriaga e nos torna pequenos, sem rumo e sem direção.
É naquela nau, – forte, agradável e instransponível
-, que devemos embarcar, sem pensar e sem hesitar... É nela, com os irmãos, -
de mãos dadas e de coração aberto e sonhador -, que teremos que singrar em
nossa travessia, com confiança, bons fluídos e propósitos iluminados pela luz
divina, a qual nos transformará e nos ensinará e nos levará, de forma diferente,
ao encontro dos ventos da calmaria.
Mas, aquele barco imperceptível estará sempre a nos
convidar e nos esperar, sem cobrança, sem pressa e sem sofreguidão para
realizarmos essa passagem com coragem, emoção, devoção, serenidade e obediência
aos ensinamentos mais nobres e sagrados para entendermos o verdadeiro sentido
da nossa existência.
Aquilo que nos transporta para uma nova
transformação, com certeza, nos libertará...
Assim, com o condão da fé, chegaremos limpos e
puros aquele porto seguro, porque banhados pelas águas purificadas da bem-aventurança
e do perdão, tornaremos seres livres, leves e soltos das amarras das nossas culpas
e das más intenções praticadas, por descuido ou infelicidade, nesse mundo cheio
de imperfeições.
Então, quantas travessias terá o mar de sua vida?
João Pessoa, 21 de julho de 2013 – 01h56 min. - 10h.16min.
José Ventura Filho
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