"Este é um pequeno passo para um homem, mas um grande
salto para a humanidade", recitou Armstrong com a voz levemente
distorcida pela distância e pelos equipamentos de comunicação, uma frase
que ficaria gravada para sempre nos livros de história da Terra.
As multidões ovacionaram o momento quando Armstrong foi alcançado por seu companheiro Buzz Aldrin,
que descreveu a "magnífica desolação" da paisagem lunar, nunca antes
testemunhada em primeiro plano vista da Terra. Apenas 12 terráqueos
caminharam desde então pela superfície da Lua, o solitário e misterioso
satélite da Terra que alimentou nossos sonhos desde que os primeiros
humanos caminharam sobre o planeta.
Em plena Guerra Fria, o programa Apollo foi usado para
provar o domínio americano na corrida espacial. Colocar uma bandeira dos
Estados Unidos na superfície da Lua em 1969 marcou pontos muitos
importantes em relação à União Soviética. O programa Apollo, que tornou
possível seis alunissagens bem sucedidas entre 1969 e 1972, começou oito
anos antes, em 1961, quando o presidente John F. Kennedy lançou o
desafio ao Congresso de levar o homem à Lua ainda naquela década.
"Creio que esta nação deve se comprometer em alcançar a
meta, antes de terminar esta década, de aterrissar o homem na Lua e
trazê-lo de volta à Terra sem perigo", disse então Kennedy. Foi aí que
os EUA desenvolvem o programa Apollo, que transformou-se em uma arma bem
sucedida na prova de domínio na corrida espacial que culminou com os
passos do americano Neil Armstrong na lua durante a missão Apollo 11, em
1969.
A União Soviética foi a primeira nação a colocar um
satélite em órbita, em 1957, com o lançamento do Sputnik e, em 1961,
Yuri Gagarin se converteu no primeiro homem a viajar ao espaço.
A corrida espacial se converteu no símbolo da batalha da Guerra Fria
pelo domínio entre ideologias enfrentadas e poderes mundiais
polarizados.
Em 1970, meses depois das alunissagens, o dissidente
soviético Andrei Sakharov escreveu, em uma carta aberta ao Kremlin, que a
capacidade dos Estados Unidos de colocar um homem na Lua provou a
superioridade de uma democracia. Graças à crescente prosperidade dos
Estados Unidos e seus êxitos científicos e técnicos, o país colocou
rapidamente em marcha o programa Apollo.
Mas a conquista da Lua não foi o único resultado da
corrida espacial. Muitos dos avanços tecnológicos que desfrutamos hoje -
como a comunicação mundial instantânea, via satélite e o uso de
computadores pessoais - foram criados na época durante pesquisas de
aprimoramento das missões espaciais.
Com informações da AFP.
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