quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Técnicos de Ates discutem políticas públicas para o meio ambiente em oficina

Trinta representantes das equipes técnicas da Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária (Ates) do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária na Paraíba (Incra/PB) participaram da Oficina de Integração de Políticas Públicas para o Meio Ambiente, nas últimas quinta-feira (15) e sexta-feira (16). 

O encontro, realizado no Centro Marista de Eventos, em Lagoa Seca (PB), foi promovido pelo Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Sustentável (IDS), que atua como articulador entre a Superintendência Regional do Incra e as entidades prestadoras de Ates.

A oficina teve como objetivos orientar o trabalho dos engenheiros florestais das equipes da Ates, nivelar o estudo sobre novas legislações ambientais e, ainda, conhecer a realidade ambiental de cada assentamento paraibano através de um questionário.

"A partir do Diagnóstico Ambiental Simplificado produzido pelas equipes de Ates para cada assentamento vamos criar um Plano de Ação Ambiental que vai contemplar a regularização ambiental, que é indispensável ao desenvolvimento do assentamento, o manejo florestal e ações de educação e sensibilização ambiental", explicou Perla de Sousa Alves, engenheira florestal do IDS e uma das coordenadoras da oficina.

No primeiro dia da oficina, a engenheira florestal Lígia Maria de Medeiros Silva, do Serviço de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Incra/PB, mediou as discussões sobre os novos procedimentos para o licenciamento ambiental em assentamentos da reforma agrária definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na Resolução Nº 458, de 16 de julho de 2013.

Ainda na quinta-feira, o coordenador da Divisão de Florestas (Diflor) da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Franklin Linhares, juntamente com Lígia Silva, tratou dos desafios da regularização ambiental das áreas de assentamento.

No segundo dia da oficina, os técnicos da Ates apresentaram os resultados obtidos com o Diagnóstico Ambiental Simplificado de cada assentamento e construíram um Plano de Ação com ações prioritárias a serem implementadas a partir de setembro.

Plano de Ação
Entre as prioridades definidas no Plano de Ação estão a promoção de uma capacitação sobre legalização e licenciamento das áreas de assentamento em conjunto com os órgãos ambientais, como a Sudema e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama); a necessidade de participação das reuniões do Conselho de Política Ambiental (Copam); a realização de uma capacitação sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR); o estabelecimento de parceria com a ONG SOS Sertão para a oferta de oficinas de manejo florestal comunitário; e a promoção de uma oficina de georreferenciamento para os técnicos da Ates.

Também ficou definido que os técnicos que pertencem ao eixo social das equipes de Ates devem atuar na organização e mobilização dos assentados e na integração com os outros eixos de atuação da Ates, o produtivo e o ambiental.

Resolução Conama Nº 458
Segundo a engenheira florestal Perla Alves, a Resolução Nº 458, que revogou as regras anteriores estabelecidas pela Resolução Conama nº 387, de 2006, isenta os assentamentos da Licença Prévia (LP), concedida na fase preliminar do planejamento dos assentamentos da reforma agrária, e da Licença de Instalação e Operação (LIO), que autoriza a implantação e operação dos assentamentos. 

Ela também estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental de atividades agrossilvipastoris e de empreendimentos de infraestrutura, passíveis de licenciamento, realizados em assentamentos de reforma agrária.

De acordo com a nova Resolução, as atividades agrossilvipastoris e os empreendimentos de infraestrutura consideradas eventuais ou de baixo impacto ambiental independem de licenciamento ambiental; e fica assegurada a participação dos beneficiários de assentamentos da reforma agrária no acompanhamento do processo de licenciamento. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Incra-PB

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