Na rota da
velocidade dos acontecimentos diários,o tempo é o grande propulsor desse
movimento, sem se importar com a situação social, moral, emocional e
intelectual de cada pessoa. Para uns, ele é determinante e não há fórmula para poder
pará-lo...
Não obstante esse
entendimento, ora dominante pela maioria errante, tenho, a meu ver, que podemos
ser cúmplice do tempo, pedindo-lhe permissão para apagá-lo ou suspendê-lo em um
plano imaginário, pelo menos temporariamente, quebrando as regras estabelecidas
pelo processo existencial danatureza da vida, até encontrar o estágio a qual
queremos encontrar...
É uma faceta muito
sutil e difícil de ser encontrada, porque é ponto ou uma área imperceptível,
revestida de tanta procura e curiosidade, merecida de um sopro investigativo
para atingir o seu objetivo...
Como devemos fazer
ou estabelecer o surgimento dessa realidade ou sonho? Primeiramente, temos que ir
à sua direção, filtrandoe reconhecendo as nossas falhas e as nossas virtudes e,
em seguida, adentrarmos no mundo subjetivo, cheio de perseverança, de
sinceridade, de humildade e de brilho nos olhos, ingredientes eficazes para
trazer esse momento tão perquirido por todos nós.
Quando nós estamos
de bem, em nosso profundo interior, queremos que o tempo pare e esteja a nossa
disposição. Quando tristes, desejamos que ele passe rapidamente, como um facho
de luz.
Entre o meio termo,
sento-me na calçada do tempo e me torno um menino, enveredando no mundo do
querer, da serenidade e da simplicidade, desprezando a inveja e os conceitos
sociais impostos pela sociedade. É assim que me encontro com ele...
Discordo, em parte,
dos versos da melodia do Cazuza, quando diz: “o tempo não pára...”
Para sim, quando, nele, tornamos os momentos vividos intensamente em pingos de
felicidade, eternizando-o no crivo da nossa memória.
Portanto, o tempo,
se é que existe,é de cada um e, dele, devemossaber conquista-lo, respeitando o
tempo dos outros.
João Pessoa, 18 de
janeiro de 2014 – 18h30min.
José Ventura Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário