De: José Ventura Filho
As areias ardentes do Rio Piancó
Rogam à vinda das águas mansas
Para habitar aquele dorso, tão só;
Silencioso, com medo e esperança. Quando em uma manhã de março
Elas logo são tocadas pela alegria
Vinda dos sons das águas ardentes
Que anunciam o fim da sua agonia.
Cenário perfeito de um lindo arrebol
Costurado pelo contorno das areias
(Filhas do contentamento com o sol),
Afilhadas do povo sofrido de Piancó.
É o elixir que mata a sede e a fome
Que traz as redes e as embarcações
Indo ao encontro do mar, seu dono,
Para entregar os sonhos e emoções.
E assim aquelas areias não morrem.
Transformam-se em um macio leito,
Adormecidas pela canção das águas,
O líquido mais puro, o mais perfeito.
João Pessoa, 24 de março de 2015.
(23h01min).
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