domingo, 30 de agosto de 2015

FALTA D’ÁGUA



Enquanto se fala em corrupçãoEm todo o seio da nossa nação,Lá no sertão e noutros lugares,Só se ouve lamúria e comoção.

É a falta de água já anunciadaEm todos ostempos passados, Atingindo e afligindo, sem dó,Seus filhos, tão desesperados.
Tudo por conta de uma conta
Que aponta seusmercenáriosQue nunca criaram ou usaram Meios ou recursos necessários. 
Deixaram as gavetas fechadasCom projetos e requerimentos Cobrando as ações e soluções Para amenizarem os lamentos.E a fonte dos recursos hídricos Se escoa em lamento profundo:Seja no campo, vale ou cidades,
Por todos os cantos do mundo.
E imundo é a inércia descabida Tida pelos atos dos que a usam E a abusam,em sã consciência, Das dores daqueles que suam.

Não há curassem os remédios;Não há pobrezas sem os ricos; Não há esperanças sem tédios; Não há alienados sem políticos.
Enquanto isso, a água se evapora.
Os que moram longe, sem dilemas, Esquecem dos irmãos que choramE oram em prol desses problemas.
As cisternas externam seu silêncio
Pela falta d’água que ela tanto faz.
Os mananciais, fontes da salvação,
Param em choro mórbido evoraz.É o aviso da nossa mãe-natureza,
A filha do Nosso Bondoso Criador
Que nos ofertou como protetoraDa fome, do frio e do fortecalor.Oh dor, sem começo; meio ou fim!Assim como algo sem o seu sentido Perdido pelo mal dessa falta d’águaQue traz a mágoa no choro contido.




João Pessoa, 30 de agosto de 2015 – 12h05 min.

José Ventura Filho

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