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| (Imagem/Reprodução) |
/Rejeitos de minério de ferro da mina do Feijão,/
/Retidos no chão da barragem da empresa Vale, /
/Em Brumadinho, região sudeste, Minas Gerais, /
/Que em 25 de janeiro trouxe o pior dos males. /
/Primeiramente, o rompimento dessa barragem, /
/Impulsionado pelas mãos da irresponsabilidade, /
/Porque não submetida às normas de segurança, /
/Só ganância no lucro da mais-valia e da vontade. /
/E, principalmente,daquelas mortes não avisadas, /
/No meio dos destroços, cobertos em mar de lama, /
/Retiradas dos projetos e conforto de suas famílias, /
/Ilhadas pela dor da saudade de quem tanto os ama. /
/Até onde vai o abrigo ou a proteção dessa empresa/
/Ou outras que se tornam elo nessa tal cumplicidade? /
/É só pranto e sofrer? É só submissão e desesperança? /
/É só tristeza e aceitação, frutos dessa impunidade?/
/Um fracasso que não vale a pena acontecer para ver/
/O meio ambiente e as pessoas chorarem, com razão, /
/Ou vomitando o fel da repugnância e da intolerância, /
/Gerador da agonia, da dúvida, do medo e da aflição. /
João Pessoa, 28 de janeiro de 2019 – 20h23min.
José Ventura Filho
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