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Abro a janela da vida
e deparo-me com o ar insultante da indiferença, espalhado pelos quatro cantos do
mundo, atingindo, em cheio, os rostos dos nossos irmãos, tão sofridos, sentidos
e perdidos à procura de soluções urgentes, a fim de aliviarem suas doenças, seus
medos e suas revoltas, elementos cruciais formadores das dores, das
dificuldades e dos problemas existenciais.
Esse é o retrato atual pintado pelas mãos dos nossos atos
inconsequentes, onde o poder, a mais valia e as arrogâncias são elementos
geradores da discórdia, do distanciamento entre as pessoas, das discriminações raciais,
das diferenças sociais, da violência física e ou psicológica.
Não bastam os discursos ou entrevistas programados e
proferidos por aqueles que detêm o poder eloquente do uso das belas palavras. Sabemos
que o segredo da busca do caminho mais próximo da igualdade e da felicidade não
está no ter; está no plantio e no regaço das atitudes puras e sinceras, sem
nexo de quaisquer interesses pessoais ou políticos.
Onde quer que seja, com simplicidade e sinceridade, o
sorriso; o abraço; o olhar; o aperto de mão; o cuidado; o zelo; a proteção; a
gratidão; a caridade; a humildade; o perdão; a compreensão e outros gestos puros
de sensibilidade serão os grãos mais nobres e mais férteis para o plantio e o nascimento
do bem-estar de cada um em sua jornada de vida.
Só assim o ser humano se aproximará da perfeição tão
esperada pelo nosso Criador; mas, ainda resta uma caminhada longa e árdua a
esse desafio, porque os seus ensinamentos, deixados há mais de mil anos,
continuam sendo assimilados superficialmente, erroneamente e indevidamente por
milhões de aproveitadores, vestidos pela má-fé.
Cada pessoa tem o poder da crença, da reação e do querer; Portanto,
faz-se necessário, no momento certo, saber abrir a janela da sua vida, sem temor
e sem maldade, deixando apenas entrar as emoções advindas do seu coração, dono
do sentimento maior e verdadeiro, o amor,
até enxergar o caminho iluminado pela paz.
João Pessoa, 06 de julho de 2013
José Ventura Filho
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