domingo, 7 de julho de 2013

A JANELA DA VIDA



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Abro a janela da vida e deparo-me com o ar insultante da indiferença, espalhado pelos quatro cantos do mundo, atingindo, em cheio, os rostos dos nossos irmãos, tão sofridos, sentidos e perdidos à procura de soluções urgentes, a fim de aliviarem suas doenças, seus medos e suas revoltas, elementos cruciais formadores das dores, das dificuldades e dos problemas existenciais.

Esse é o retrato atual pintado pelas mãos dos nossos atos inconsequentes, onde o poder, a mais valia e as arrogâncias são elementos geradores da discórdia, do distanciamento entre as pessoas, das discriminações raciais, das diferenças sociais, da violência física e ou psicológica.

Não bastam os discursos ou entrevistas programados e proferidos por aqueles que detêm o poder eloquente do uso das belas palavras. Sabemos que o segredo da busca do caminho mais próximo da igualdade e da felicidade não está no ter; está no plantio e no regaço das atitudes puras e sinceras, sem nexo de quaisquer interesses pessoais ou políticos.

Onde quer que seja, com simplicidade e sinceridade, o sorriso; o abraço; o olhar; o aperto de mão; o cuidado; o zelo; a proteção; a gratidão; a caridade; a humildade; o perdão; a compreensão e outros gestos puros de sensibilidade serão os grãos mais nobres e mais férteis para o plantio e o nascimento do bem-estar de cada um em sua jornada de vida.

Só assim o ser humano se aproximará da perfeição tão esperada pelo nosso Criador; mas, ainda resta uma caminhada longa e árdua a esse desafio, porque os seus ensinamentos, deixados há mais de mil anos, continuam sendo assimilados superficialmente, erroneamente e indevidamente por milhões de aproveitadores, vestidos pela má-fé.

Cada pessoa tem o poder da crença, da reação e do querer; Portanto, faz-se necessário, no momento certo, saber abrir a janela da sua vida, sem temor e sem maldade, deixando apenas entrar as emoções advindas do seu coração, dono do sentimento maior e verdadeiro, o amor, até enxergar o caminho iluminado pela paz.


João Pessoa, 06 de julho de 2013


José Ventura Filho

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