Até esta quinta-feira (19) o Ministério da Educação formalizou com
cinco estados e o Distrito Federal e 18 instituições públicas de ensino
superior o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Com o
pacto, o ministério vai oferecer, em 2014, formação continuada a 495,6
mil professores do ensino médio que trabalham em 20 mil escolas públicas
no País todo. A expectativa é ter a adesão das 27 unidades da
Federação, de 40 universidades e institutos federais.
A realização do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio pelo governo federal é uma iniciativa de larga escala – atender quase 500 mil professores do ensino médio – que depende da adesão das secretarias estaduais de educação e de instituições públicas de ensino superior. A meta é oferecer formação de 200 horas por ano a esses educadores e também aos coordenadores pedagógicos das escolas.
De acordo com o secretário de educação básica do MEC, Romeu Caputo, o pacto é uma ação que está fortemente ligada à Lei do Piso Salarial dos Professores (Lei n° 11.738/2008), que destina um terço da jornada de trabalho do educador para sua capacitação e aperfeiçoamento. O Ministério da Educação, diz Caputo, oferece uma bolsa mensal aos educadores que aderirem ao pacto para que eles utilizem essas horas para estudar de forma individual e coletiva no espaço da escola.
O secretário de educação básica explica que os conteúdos,
desenvolvidos por 15 universidades federais, devem ser inseridos nos
tablets que foram enviados pelo MEC para as 26 secretarias de educação
dos estados e ao Distrito Federal. Os conteúdos se dividem em duas
partes: a primeira, que corresponde ao primeiro semestre de 2014, trata
da formação comum a todos os professores, organizada em seis núcleos:
sujeitos do ensino médio, ensino médio, currículo, organização e gestão
do trabalho pedagógico, avaliação e áreas de conhecimento, integração
curricular. No segundo semestre, serão abordados conteúdos das áreas do
conhecimento: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e
matemática.
Outro ganho esperado com a realização do Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio diz respeito às universidades. “É uma
oportunidade das universidades públicas de encontrar os egressos
formados em seus cursos de licenciatura e pedagogia e avaliar o
desempenho deles nas escolas onde lecionam”, explica Romeu Caputo.
Estados que aderiram ao pacto: Rio Grande do Sul com sete
instituições de ensino superior; Mato Grosso do Sul, com quatro
instituições; Mato Grosso, com duas; Paraíba, com três; Tocantins, com
uma; e o Distrito Federal, com uma. Outros 15 estados participaram de
reuniões com o ministério e vão formalizar a adesão em 2014. Os demais
estados serão procuradas pelo MEC em janeiro.
Bolsas
Todos os educadores – das instituições de ensino superior, das
secretarias de educação e os professores cursistas – que fazem parte do
pacto receberão bolsas mensais durante todo o período de formação. As
bolsas, que serão pagas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), se dividem em sete tipos, conforme as atribuições dos
educadores: R$ 2 mil para o coordenador-geral da instituição de ensino
superior; R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto da instituição de ensino
superior; R$ 1,2 mil para o supervisor; R$ 1,1 mil para o formador da
instituição de ensino superior; R$ 1,1 mil para o professor formador
regional do pacto nos estados e Distrito Federal; R$ 765 para o
orientador de estudo; R$ 200 para o professor cursista e para o
coordenador pedagógico.
Tarefas
Cabe à instituição de ensino superior que aderir ao pacto diversas
atribuições, entre as quais, selecionar o coordenador geral, que deve
ser professor efetivo da instituição, com experiência na área de
formação continuada de profissionais da educação básica e possuir título
de mestre ou doutor; o coordenador adjunto, que deve ser professor
efetivo, ter experiência na área de formação de educadores do ensino
básico, ser mestre ou doutor; professor formador, pertencente ao quadro
da instituição, possuir experiência na educação básica, ser graduado em
pedagogia ou licenciatura, possuir mestrado ou doutorado ou estar
cursando pós-graduação em educação.
Será responsabilidade conjunta da instituição de ensino superior e da
secretaria estadual ou distrital de educação a seleção do supervisor de
formação, a quem cabe articular a formação.
Cabe, ainda, à secretaria estadual ou distrital de educação
selecionar os formadores regionais, que serão responsáveis por ministrar
a formação aos orientadores de estudos. Para essa função, são
requisitos: ter experiência como professor ou coordenador pedagógico do
ensino médio ou ter atuado na formação continuada de professores, ser
profissional efetivo da rede, ter especialização, mestrado ou doutorado
ou estar cursando pós-graduação em educação, ter disponibilidade de 20
horas semanais para essa tarefa; o orientador de estudo, que vai
ministrar a formação dos professores cursistas e coordenadores
pedagógicos, deve ser professor ou coordenador pedagógico do ensino
médio vinculado à rede, formado em pedagogia ou licenciatura e
trabalhar, no mínimo, há dois anos no ensino médio, além de ter
disponibilidade de dedicar 20 horas semanais a essa atividade.
As instituições de ensino superior vão ministrar 96 horas de formação
durante o ano aos formadores regionais. Caberá a esses formadores
qualificar os orientadores de estudos, também com 96 horas anuais.
Para participar da formação, o professor do ensino médio deve atuar
em sala de aula em 2014 e estar registrado no censo escolar de 2013. Ele
terá 200 horas de curso; e o coordenador pedagógico deve ser efetivo da
rede e receberá 200 horas de formação.
Fonte: Portal do Mec
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